05/05/2022
Ucrânia e Ocidente afirmam que Rússia vai declarar guerra no dia 9 de maio

A atenção para os próximos passos do conflito entre Rússia e Ucrânia está voltada para o dia 9 de maio, uma data celebrada pela Rússia desde o fim da Segunda Guerra Mundial, quando venceram os nazistas da Alemenha. Com a proximidade da data, rumores começaram a aparecer sobre o que vai acontecer. Por um lado, o Ocidente diz que vai ser o dia em que a Rússia vai declarar guerra à Ucrânia – até agora os russos classificam o que está acontecendo com “operação militar”. O secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, declarou que  Vladimir Putin, “está preparando o terreno para poder dizer ‘olha, agora é uma guerra contra os nazistas, e o que eu preciso é de mais pessoas’”. Por outro lado, o Kremlin nega que isso vá realmente acontecer. Nesta quarta-feira, 4, durante entrevista coletiva diária, o porta-voz russo, Dmitry Peskov, falou que isso “é um absurdo”.

Essa declaração vem logo após o serviço de inteligência ucraniano divulgar que os russos estão se preparando para celebrar o feriado de 9 de maio na devastada cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia. Segundo a Direção Geral de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia, Moscou teria escolhido a cidade portuária sitiada para esta celebração no lugar de Donetsk – região localizada no leste do país e reconhecida como independente por Putin em 21 de fevereiro. A inteligência ucraniana afirma que “Sergey Kirienko, vice-chefe da administração presidencial russa e responsável pelos assuntos internos da Federação Russa, chegou à cidade devastada de Mariupol”. A principal tarefa desse funcionário de Vladimir Putin é preparar as “celebrações cerimoniais” para 9 de maio em Mariupol, depois de abandonar a ideia de fazê-las na cidade ocupada de Donetsk. Os atos incluiriam um desfile militar.

Mariupol é um das cidades mais devastadas pelo conflito entre Rússia e Ucrânia que já dura três meses. A cidade, que está às margens do Mar de Azov, e que também faz parte de Donetsk, inicialmente tinha uma população de quase meio milhão de habitantes. Ela está totalmente devastada e, segundo as autoridades ucranianas, 10 mil civis ainda permanecem na região esperando para serem libertados. O local está sem água, comida, eletricidade e produtos básicos. Os russos dizem já ter conquistado o controle de toda a cidade, com exceção do complexo siderúrgico Azovstal. As autoridades ucranianas não confiram.

Créditos: Jovem Pan

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