A broncopneumonia é a inflamação das estruturas internas do pulmão, os brônquios e os alvéolos pulmonares, podendo ser restrita a essas estruturas ou afetar o pulmão como um todo, incluindo a pleura, que é a membrana que envolve o pulmão.
Os brônquios correspondem à via por onde o ar entra nos pulmões. Assim, quando há inflamação nessa estrutura, o ar não consegue entrar facilmente nos pulmões e, por isso, é muito comum o desenvolvimento de sintomas como intensa falta de ar, pele pálida, lábios azulados e sensação de cansaço muito fácil.
Na presença de sinais e sintomas de broncopneumonia, é importante que o pneumologista ou clínico geral seja consultado, pois assim é possível que seja identificada a causa da inflamação e iniciado o tratamento mais adequado, que pode envolver o uso de antibióticos ou medicamentos anti-inflamatórios.
Os sintomas de broncopneumonia podem ser semelhantes aos de outras doenças respiratórias, principalmente a gripe, sendo os mais comuns:
No caso dos bebês, além da febre, a broncopneumonia pode ter como sintomas falta de apetite, dificuldade para dormir, irritabilidade fácil e respiração ruidosa e rápida. A broncopneumonia no bebê é muito frequente, uma vez que o seu sistema imune ainda se encontra pouco desenvolvido, o que facilita o desenvolvimento de bactérias e outros microrganismos que podem causar este tipo de infecções. Assim que os primeiros sintomas surgem, é importante consultar logo o pediatra para prevenir o agravamento da doença.
Os sintomas da broncopneumonia podem ser bastante semelhantes aos da gripe e, por isso, é importante que o clínico geral, pediatra ou pneumologista seja consultado para que seja feita uma avaliação dos sintomas e sejam realizados exames que confirmem a broncopneumonia.
Além da avaliação dos sintomas e da ausculta pulmonar com o estetoscópio, o médico pode pedir outros exames como raio X do tórax, exames de sangue, tomografia computadorizada ou broncoscopia, que é um exame realizado com o objetivo de avaliar as vias aéreas, identificando sinais de inflamação, por exemplo.
A broncopneumonia é causada principalmente por microrganismos, sendo mais frequentemente associada a infecções bacterianas, principalmente por Staphylococcus sp., Streptococcus sp. e Haemophilus influenzae. No entanto, pode ser também consequência de infecção por vírus ou fungos, sendo nesse caso mais frequente de acontecer em pessoas com o sistema imunológico mais enfraquecido.
Além disso, a broncopneumonia pode ser consequência de doenças respiratórias não tratadas corretamente, como gripe, COVID-19 ou leishmaniose visceral, por exemplo, em que o agente infeccioso não é eliminado por completo, permanecendo nas vias respiratórias e resultando na broncopneumonia.
Essa inflamação pode também ser consequência da broncoaspiração ou de uma bronquite aguda ou crônica que atinge a laringe e a traqueia.
O tratamento para broncopneumonia pode variar de acordo com a causa da inflamação, podendo ser indicado o uso de medicamentos antibióticos, como Ceftriaxona ou Azitromicina, no caso da inflamação estar relacionada com bactérias, ou medicamentos anti-inflamatórios. Além disso, o clínico geral ou pneumologista também pode recomendar o uso de remédios para aliviar e acalmar a tosse ou uma dieta líquida para prevenir a desidratação.
Geralmente, o tratamento dura em média 14 dias e durante esse tempo é recomendado ter outros cuidados como:
Além disso, para evitar a transmissão da doença deve também tapar a boca para tossir, lavar regularmente as mãos e deve evitar ir a lugares públicos e fechados.
Em casos mais graves, a broncopneumonia pode levar ao internamento, onde poderá ser necessário receber oxigênio, fazer injeções de antibiótico e realizar fisioterapia respiratória, que ajuda a liberar as vias respiratórias.
Créditos: Tua Saude - Dr.ª Clarisse BezerraMédica de Saúde Familiar Foto: Reprodução internet ilustrativa