A história da mãe Agna Lessa Assunção, de 36 anos, inspira! Após 20 anos do nascimento da única filha, Adriana Almeida, ela doou um rim para que a jovem pudesse recomeçar.
Adriana tem lúpus desde os 14 anos. Há cerca de um ano e meio, a jovem foi diagnosticada com doença renal crônica e, desde então, precisava de hemodiálise.
Agna não pensou duas vezes e, em março, passou pelo transplante. "Ela é minha única filha e tudo que mais amo. Eu fiz a doação, mas o presente que realmente importa é vê-la se recuperando. Dei a vida a ela duas vezes", contou emocionada.
Dia das Mães mais que especial
A transplante foi realizado no dia 22 de março, no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém. As duas já receberam alta e passaram o Dia das Mães em casa.
Agna é técnica em enfermagem e conhece muito bem a realidade das pacientes que precisam de um transplante no Brasil.
"Quando você se depara com a realidade de uma pessoa no leito de hospital esperando um transplante renal para se libertar é dolorido", relatou a mãe.
"Se eu tivesse dez rins, todos eu doaria a minha filha. Eu seria capaz de ir para a máquina [de hemodiálise], só para dar a ela o outro rim. Amor de mãe é incomparável", afirmou.
Hemodiálise era paliativo
Para Adriana, a indicação do transplante veio há um ano. Ela passava pela hemodiálise como um paliativo para o problema de saúde.
Ela já estava na fila nacional, para receber o órgão de um doador falecido, mas sabia que o processo é demorado e não havia tempo para esperar.
"Sabemos que isso pode demorar, por isso, alertamos a família sobre a possibilidade de doação entre pessoas vivas, onde geralmente encontramos compatibilidade entre os próprios familiares da paciente", lembrou Emanuel Esposito, médico nefrologista que acompanhou o caso.
Mãe doadora
Após todo o acompanhamento pré-cirúrgico, a equipe estava certa de que a mãe cumpria todos os requisitos para o transplante de rim e poderia salvar a vida da filha.
Para Adriana, além de ter a chance de receber uma parte da mãe, ela conta que o transplante vai proporcionar mais condições de uma vida saudável.
"Realizava hemodiálise três vezes por semana. Eram quatro horas ligada à máquina e muitas vezes chegava em casa e passava mal, por ser um tratamento difícil", compartilhou Adriana.
Uma nova vida
Na saída do hospital, Adriana e Agna receberam uma linda homenagem dos profissionais da unidade, que acompanham a luta da família e a fizeram questão de organizar um corredor de palmas.
"Agora é vida nova e esperanças renovadas. Agradeço a toda a equipe pelo acolhimento. É a minha nova chance, é minha oportunidade de viver melhor e eu consegui", declarou Adriana.
Após melhora significativa e aceitação do órgão, Adriana segue em acompanhamento ambulatorial, realizando avaliações e exames periódicos, mas passa bem.
Créditos: DOL e Só Notícia Boa Foto: Comunicação Pró-Saúde/Divulgação