Atualizado em 17/06/2022
Pelagra: Sintomas, causas e tratamento

A pelagra é uma doença rara causada pela deficiência de vitamina B3, também conhecida como niacina, no organismo, o que pode provocar alterações na pele, diarreia e alterações neurológicas, como dor de cabeça, confusão mental e perda de memória, por exemplo.

A deficiência dessa vitamina pode acontecer devido ao baixo consumo de alimentos ricos nessa vitamina, ou ser consequência da má-absorção da vitamina B3 no intestino, o que pode ser devido à doença de Crohn, por exemplo.

Assim, é importante que a causa da pelagra seja identificada para que seja possível iniciar o tratamento mais adequado, que pode envolver alteração nos hábitos alimentares e uso de suplementos de vitamina B3, por exemplo.

Sintomas de pelagra

 

 

A pelagra pode ser caracterizada pela tríade de sintomas: dermatite, diarreia e demência, que não necessariamente acontecem nessa ordem, além de poder acontecer em intensidades diferentes entre as pessoas. De forma geral, os principais sintomas que podem ser indicativos de pelagra são:

  • Lesões simétricas na pele que fica mais exposta ao sol;
  • Vermelhidão no rosto, com padrão semelhante à asa de borboleta;
  • Lesões no pé que não envolvem a região do pé que normalmente é envolvida por chinelos de dedo;
  • Vermelhidão e coceira no dorso da mão;
  • Presença de bolhas na pele;
  • Espessamento e escurecimento da pele;
  • Surgimento de fissuras nos pés, que pode causar dor ao andar;
  • Vômitos;
  • Dor de cabeça;
  • Confusão mental e desorientação;
  • Perda de memória;
  • Alterações do humor.

Na presença desses sintomas, é importante que o médico seja consultado para que sejam feitos exames que ajudem a confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento mais adequado, pois caso isso não seja feito, é possível que a pessoa comece a apresentar delírios e evoluir para um quadro de coma e, em seguida, morte devido à falência múltipla de órgãos.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da pelagra é feito pelo clínico geral ou dermatologista a partir da avaliação dos sinais e sintomas, além de também ser indicada a realização de exames de sangue e de urina para verificar a quantidade de vitamina B3 no organismo. Além disso, em alguns casos pode ser também indicada a realização de uma biópsia da pele para descartar outras doenças em que os mesmos sintomas possam estar presentes.

Possíveis causas

De acordo com a causa, a pelagra pode ser classificada em dois tipos principais:

  • Pelagra primária, que acontece devido ao consumo insuficiente de alimentos ricos em niacina e triptofano, que é um aminoácido que é convertido à niacina no organismo;
  • Pelagra secundária, que acontece devido a alterações na absorção da vitamina B3 no organismo, o que pode ser devido ao consumo excessivo de álcool, uso de medicamentos, doenças de Crohn, malnutrição, cirrose e realização de diálise, por exemplo.

Além disso, alguns tipos de câncer também podem favorecer o desenvolvimento da pelagra, pois podem interferir diretamente no metabolismo do triptofano, que não é convertido em niacina.

Como é feito o tratamento

O tratamento para a pelagra deve ser orientado pelo médico e nutricionista de acordo com a causa da deficiência da vitamina B3 e sintomas apresentados pela pessoa. Assim, pode ser indicado o uso de suplementos nutricionais, como niacinamida e ácido nicotínico em associação com outras vitaminas do complexo B, numa dosagem que deve ser determinada pelo médico, em função do estado de saúde da pessoa.

Além disso, é recomendado o aumento do consumo de alimentos ricos em triptofano, como queijo, castanha de caju, amêndoa, ovo, ervilha e abacate, por exemplo, assim como alimentos ricos em vitamina B3, como frango, peixes, sementes de gergelim, tomate e amendoim. 

É também importante tratar a doença que está na origem do déficit de niacina e/ou alterar os estilos de vida que possam contribuir para a diminuição desta vitamina, como é o caso do uso excessivo de álcool, uso inadequado de certos medicamentos ou realização de dietas pobre em vitaminas.

Créditos: Tua Saúde - Dr. Arthur FrazãoOftalmologista Foto: Reprodução

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