A introdução alimentar é o período em que o bebê deixa de se alimentar apenas de leite materno, ou de fórmula infantil, e começa a comer outros alimentos, como frutas, cereais, tubérculos, vegetais, leguminosas e proteínas.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a introdução de alimentos na dieta do bebê deve acontecer somente a partir dos 6 meses, pois o leite materno, ou a fórmula infantil, fornecem todos os nutrientes que o bebê precisa até esta idade.
Aos 6 meses, o bebê deve começar a comer uma papa feita com frutas frescas, nos lanches da manhã e da tarde, e uma papa feita com cereais ou tubérculos, vegetais, leguminosas e proteínas, no almoço ou no jantar.
É importante que os alimentos sejam oferecidos de forma separada no prato, amassados com um garfo ou raspados (no caso de algumas frutas), sem usar mixer ou liquidificador, para ajudar no desenvolvimento da mastigação e no reconhecimento dos diferentes sabores e texturas.
Porque iniciar apenas aos 6 meses
O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria orientam que se inicie a introdução alimentar apenas aos 6 meses porque, até essa idade, o leite materno, ou a fórmula infantil, ainda oferecem todos os nutrientes que o bebê precisa.
Além disso, a partir dos 6 meses, o bebê tem maior necessidade de nutrientes, como ferro e zinco, e já tem o reflexo de engolir mais desenvolvido e o estômago pronto para receber diferentes alimentos.
Não é recomendado introduzir alimentos na dieta antes dos 6 meses, pois isso pode aumentar as chances de infecções intestinais ou ainda causar alergias ou intolerâncias alimentares, já que o sistema imune e a digestão ainda estão se desenvolvendo.
Como começar a introdução alimentar
Ao iniciar a alimentação do bebê, deve-se priorizar os alimentos naturais, como:
Frutas frescas, como mamão, banana, abacate, manga, laranja ou kiwi;
Vegetais frescos, como tomate, chuchu, abóbora, quiabo, berinjela ou cenoura;
Leguminosas, como feijão, lentilha, grão de bico ou ervilha;
Tubérculos, como aipim, batata, batata baroa, cará, inhame ou batata doce;
Proteínas, como ovos, peixes, carne, frango ou tofu;
Cereais, como arroz, macarrão, milho, aveia ou quinoa.
Além disso, é importante também higienizar bem as mãos, os alimentos e os utensílios durante o preparo dos alimentos e antes das refeições, para prevenir contaminações dos alimentos e evitar doenças.
Dicas para facilitar a introdução alimentar
É recomendado que a introdução dos novos alimentos seja feita em local tranquilo, com boa interação entre todos os membros da família, sem televisão, celular ou outras distrações. Alguns cuidados que podem ajudar neste momento são:
Olhar e conversar com o bebê durante as refeições;
Oferecer os alimentos de forma separada no prato;
Não deixar o bebê sozinho durante a alimentação;
Oferecer os alimentos de forma lenta e paciente;
Estar atento aos sinais de fome, como quando o bebê chora e segura a mão da pessoa que está oferecendo a comida e abre a boca;
Saber reconhecer quando o bebê está saciado, como virar o rosto ou não abrir mais a boca para receber os alimentos;
Não oferecer recompensas, chantagear ou castigar o bebê, para evitar que tenha aversão aos alimentos.
Durante a introdução alimentar pode-se também estimular o bebê a segurar o talher aos poucos e deixar ele pegar os alimentos com as mãos. Esse é um dos princípios do BLW, um método que é muito utilizado para ajudar na introdução alimentar e que permite o desenvolvimento da coordenação motora do bebê.
Ao iniciar a alimentação do bebê, é importante também começar a dar água, que deve ser filtrada ou fervida e oferecida em copo ou xícara ao longo do dia.
Veja com a nossa nutricionista outras dicas para ajudar na introdução alimentar da criança:
Créditos: Tua Saúde - Tatiana Zanin-Nutricionista Foto: Reprodução