Atualizado em 15/08/2022
DICA DE SAÚDE: Câncer no intestino; sintomas, causas, tipos e tratamento

O câncer no intestino é um tumor maligno que se desenvolve no intestino, sendo mais comum em uma porção do intestino grosso, como cólon, reto e ânus, levando ao surgimento de sintomas, como diarreias frequentes, sangue nas fezes ou dor abdominal. Além disso, embora seja mais raro, esse tipo de câncer pode surgir também no intestino delgado.

O câncer de intestino é mais comum em pessoas com mais de 50 anos e pode surgir a partir da evolução de pólipos intestinais, que são aglomerados de células que se formam na parede do intestino e que, caso não sejam removidos, podem transformar-se em lesões malignas.

Desta forma, é importante que na presença de sintomas de câncer de intestino, o proctologista ou gastroenterologista seja consultado, para que sejam feitos exames, como a colonoscopia, para identificar o tipo de tumor e iniciado o tratamento mais adequado.

Sintomas de câncer no intestino
Os principais sintomas de câncer de intestino são:

 

 

Sangue nas fezes;
Dor abdominal;
Diarreia ou prisão ventre;
Sensação de peso ou dor na região anal;
Cansaço frequente;
Perda de peso sem causa aparente.
Os sintomas de câncer de intestino costumam aparecer à medida que a doença se desenvolve e são mais frequentes em pessoas que possuem histórico de câncer de intestino na família ou que possuem doenças intestinais inflamatórias crônicas, como a doença de Crohn ou colite ulcerativa, por exemplo.

Assim, é importante consultar o médico quando os sintomas duram mais de 1 mês, existe histórico na família de câncer e/ou a pessoa possui algum fator de risco, como alimentação inadequada ou alcoolismo, por exemplo, para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento logo em seguida.

Teste online de sintomas
Para saber o risco de ter câncer no intestino, selecione no teste a seguir seus sintomas:

1.Diarreia ou prisão de ventre constantes?   Sim   Não
2.Fezes de cor escura ou com sangue?   Sim   Não
3.Gases e cólicas abdominais?    Sim   Não
4.Sangue no ânus ou visível no papel higiênico ao limpar?   Sim   Não
5.Sensação de peso ou dor na região anal, mesmo após evacuar?   Sim   Não
6.Cansaço frequente?    Sim   Não
7.Análises de sangue com presença de anemia?   Sim   Não
8.Perda de peso sem razão aparente?   Sim   Não

Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico do câncer de intestino é feito pelo proctologista ou gastroenterologista através de exames como sangue oculto nas fezes, colonoscopia com biópsia, tomografia computadorizada e dosagem do antígeno carcinoembrionário (CEA), por exemplo.

Antes de fazer estes exames, o médico pode ainda pedir algumas alterações na dieta e no estilo de vida para confirmar que os sintomas não estão sendo produzidos por situações menos graves como intolerâncias alimentares ou Síndrome do Intestino Irritável. Confira outros exames solicitados para diagnosticar o câncer de intestino.

Além disso, como parte da prevenção do câncer de intestino, o médico pode solicitar a colonoscopia regularmente, sendo recomendada a partir dos 50 anos, ou após os 45 anos, no caso de pessoas que tenham histórico familiar de câncer de intestino.

Tipos de câncer de intestino
O tipos de câncer de intestino podem ser classificados de acordo com sua origem, sendo os principais:

Adenocarcinoma: é o tipo mais comum de câncer de intestino que se forma a partir de alterações nas células de revestimento da parede intestinal que produzem muco;
Tumor carcinóide: tem origem nas células produtoras de hormônio no intestino grosso ou delgado e apresentam crescimento lento, sendo também chamados de tumores neuroendócrinos;
Tumor estromal gastrointestinal (GIST): esse tipo de tumor tem origem nas células intersticiais que revestem a parede de qualquer parte do intestino, sendo mais raro de acontecer no cólon;
Tumor de células escamosas: esse tipo de câncer de intestino ocorre nas células escamosas que compõem a parede intestinal, juntamente com as células glandulares, sendo um tipo mais raro de tumor, que afeta com mais frequência o cólon retossigmóide;
Linfoma: é um tipo de tumor que afeta os linfonodos intestinais, podendo afetar o intestino delgado, cólon ou reto, por exemplo;
Sarcoma ou leiomiossarcoma: esse tipo de tumor afeta os vasos sanguíneos, os músculos ou as paredes intestinais, podendo ocorrer no reto, cólon e intestino delgado.
Esses tipos de câncer podem surgir com mais frequência no cólon ou no reto, sendo chamado de câncer colorretal ou câncer de cólon e reto, ou ainda afetar o intestino delgado, chamado de câncer do intestino delgado, que é um tipo de tumor mais raro, podendo surgir no duodeno, jejuno, íleo ou apêndice, por exemplo.

Além disso, o câncer no intestino pode surgir devido a metástase de câncer em outros órgãos, como melanoma no abdômen ou câncer de fígado.

Possíveis causas
A causa exata do câncer de intestino ainda não é muito clara, no entanto, ocorre devido a uma mutação nas células do intestino, que passam a se multiplicar de forma descontrolada.

Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento do câncer de intestino, sendo os principais:

Idade, sendo mais frequente em pessoas com mais de 50 anos;
História anterior de câncer de intestino ou pólipos intestinais;
Histórico familiar de câncer no intestino, ou de síndrome de Lynch ou polipose adenomatosa familiar (PAF);
Doença inflamatória intestinal, como colite ulcerativa e a doença de Crohn;
Alimentação rica em gordura, carne vermelha, alimentos processados e com pouca fibra;
Radioterapia abdominal, para o tratamento de outros tipos de câncer.
Além disso, o risco é maior em pessoas que estão acima do peso ideal, não praticam atividade física com regularidade e possuem hábitos como alcoolismo ou tabagismo.

Tratamento do câncer de intestino
O tratamento para o câncer no intestino deve ser indicado pelo gastroenterologista ou proctologista de acordo com as características do tumor, estágio da doença e idade da pessoa. De forma geral, é indicada pelo médico a realização de cirurgia para retirar a porção do intestino afetada pelo câncer e uma parte próxima que esteja saudável, podendo ser indicada a realização de sessões de quimio e/ ou radioterapia após a cirurgia.

Em alguns casos, antes da cirurgia, o médico pode indicar sessões de radio ou quimioterapia para desacelerar o crescimento do tumor e promover a diminuição do seu tamanho para que a remoção cirúrgica possa ser eficaz.

Créditos: Tua Saúde - Dr.ª Clarisse Bezerra - Médica de Saúde Familiar Foto: Reprodução

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