A propriedade do biólogo e empreendedor rural Valdriano Schmidt Colla, na Linha São João, chama atenção por ter alguns moradores inusitados. São lhamas, alpacas, emas, emus e avestruzes que compõem o plantel de quase 50 animais exóticos. Nenhum está à venda, são apenas para satisfazer um desejo antigo do produtor.

“Desde criança sempre quis ter um sítio com muitos animais diferentes. Depois que comprei aqui e fiz a sede, procurei criar cavalos, galinhas e outros bichos e numa conversa informal veio a oportunidade de comprar uma ema. Dali em diante só foi aumentando o número de aves gigantes e de camelídeos.”

Com o crescimento do plantel, Valdriano foi adequando o sítio de oito alqueires. O avestruz, por ser mais arisco, fica em piquetes fechados, mas as emas permanecem em espaços mais abertos e convivendo até com as galinhas. Assim como as lhamas e alpacas, que permanecem no pasto durante o dia e são levadas para um galpão à noite. Todos os animais foram comprados de criadores autorizados.

Cuidados e comportamento

Apesar de serem animais exóticos, os cuidados não são complexos. Os emus, por exemplo, são conhecidos como “aves dinossauros” pela rusticidade e as lhamas são originárias de regiões de altas altitudes e ambientes hostis da América do Sul. Mesmo assim, recebem acompanhamento veterinário especializado, manejo adequado e alimentação variada.
Valdriano, inclusive, orienta que são ótimos animais para se ter quase como um pet e cita algumas de suas vantagens.

“As lhamas e alpacas, especialmente, são muito inteligentes, extremamente dóceis, higiênicas – tanto que todas fazem suas necessidades num único local – e silenciosas.”

Ampliar o plantel
Apesar do alto investimento no início, agora muitos animais estão procriando e incrementando o plantel, apesar de por enquanto ele não ter intenção de fazer desta uma tividade comercial. O sonho dele é ter um sítio repleto de animais de diferentes espécies. Os próximos inquilinos serão porcos da raça mouro (raça genuína do Paraná) e cervos rússia.

“Sou um apaixonado pelo continente africano e pretendo, daqui alguns anos, poder ter gnus e camelos, mas isso ainda vamos avaliar a possibilidade.”