O governo iniciou o processo de entrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O anúncio foi feito pelos ministros da Economia, Casa Civil e Relações Exteriores, no Planalto, na quinta-feira 6.
A adesão à OCDE era uma das promessas do presidente Jair Bolsonaro em 2018, e ganhou força após o primeiro turno da eleição. Agora, o Brasil será avaliado por 26 comitês em diversas áreas, como meio ambiente e gestão fiscal.
“Nós queremos o aprimoramento das políticas brasileiras, as reformas estruturantes e a construção de mais oportunidades para o nosso povo”, declarou o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, ao elogiar o governo.
Nogueira disse que o mais importante é a demonstração da direção que o governo está caminhando. “O documento de adesão tem mais de 1,1 mil páginas”, ressaltou. “Ao todo, foram mais de 48 instituições envolvidas e quase mil técnicos do governo federal atuando para alcançarmos esse resultado.”
O ministro Paulo Guedes acrescentou que o processo chega na hora em que o Brasil “decola”. Disse ainda que o país é um dos que mais cresce, gerando empregos e no caminho de se tornar um dos mais avançados do mundo.
Guedes afirmou que a entrada do Brasil na OCDE pode ajudar o Brasil a conquistar uma cadeira no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. “O Brasil está muito respeitado lá fora”, disse o ministro da Economia.
Até o momento, o Brasil já aderiu a 108 de 230 requisitos que terá que preencher para entrar na OCDE. Os grupos temáticos vão avaliar efetivamente as políticas e legislações implementadas. Não é exatamente um checklist. É um processo político e diplomático. Ajustes podem ser negociados.
“Esse memorando inicial, além de indicar de caráter preliminar os compromissos do Brasil à luz desses 230 instrumentos, vai permitir que nos comitês haja uma conversa para discussão sobre como o Brasil formula essas políticas”, complementou Sarquis José Buainain Sarquis, secretário de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos do Itamaraty.
Créditos: Revista Oeste