Imagine abrir o app do banco e ver o seu dinheiro sendo transferido para contas de desconhecidos sem que você possa fazer nada. Este é o “golpe da mão fantasma”, uma nova modalidade de fraude que tem afetado correntistas de instituições financeiras como o Banco do Brasil.
A ação começa com a vítima recebendo ligação de uma suposta central de atendimento do banco onde possui conta. O falso atendente pergunta se ela realizou uma determinada transação, que não será reconhecida, e recomenda ao correntista a instalação de um app para evitar novas operações fraudulentas.
Com o app, que na verdade é um malware, instalado no celular do cliente, os cibercriminosos obtêm acesso remoto ao dispositivo, podendo manipular diversos dados, incluindo as informações financeiras. A partir daí, eles conseguem pagar boletos, transferir valores, solicitar empréstimos e realizar outras transações, roubando dinheiro da vítima.
O golpe da mão fantasma também pode acontecer de outra forma, sem que o alvo seja procurado por ligação. Neste caso, a pessoa recebe alertas falsos de que o seu telefone está infectado e é convencida a instalar um programa para protegê-lo — ao seguir a sugestão, ela instala o vírus no aparelho sem perceber.
Como se proteger
Evitar baixar apps fora da loja oficial do sistema operacional do seu celular é uma das maneiras de se proteger das fraudes envolvendo bancos. Além disso, o usuário deve criar senhas fortes, não usar o mesmo código em mais de um banco e armazená-las em segurança, utilizando um gerenciador de senhas confiável, por exemplo.
Ao receber ligações de centrais de atendimento de bancos, o cliente deve ter atenção ao discurso do interlocutor e não fornecer dados pessoais e financeiros. De acordo com o Banco do Brasil, a instituição não solicita a instalação de apps de acesso remoto nem sugere o uso de ferramentas desconhecidas.
O banco informou ainda que não realiza ligações para clientes pelo número 4004-0001, utilizado exclusivamente para o recebimento de chamadas na central de atendimento e para as comunicações por meio do WhatsApp. Em caso de dúvida, o correntista deve procurar a sua agência.
Créditos: Tecmundo - André Luiz Dias Gonçalves via nexperts